STF cobra explicações de moradora de Sinop e ameaça prisão por descumprir medidas cautelares

Conteúdo/ODOC – O Supremo Tribunal Federal (STF) deu cinco dias para que a defesa da bióloga Bruna Cristina Zaramella, moradora de Sinop, explique o descumprimento de medidas cautelares impostas no processo que apura sua participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.
A decisão é do ministro Alexandre de Moraes, relator da ação, e foi publicada nesta quinta-feira (18).
Ele advertiu que, em caso de omissão, poderá decretar a prisão imediata da acusada.
Bruna foi denunciada pelos crimes de incitação ao crime e associação criminosa.
Em janeiro de 2023, obteve liberdade provisória mediante restrições como uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno e nos fins de semana, proibição de acesso a redes sociais, entrega do passaporte e suspensão do porte de armas.
Relatórios da Secretaria Adjunta de Administração Penitenciária de Mato Grosso apontam que a bióloga violou a área de monitoramento da tornozeleira em quatro ocasiões durante agosto de 2025, além de ter apresentado falha de bateria no equipamento.
As irregularidades foram comunicadas ao STF, que agora exige a manifestação da defesa. “Intimem-se os advogados constituídos pela ré Bruna Cristina Zaramella para prestarem esclarecimentos sobre os descumprimentos das medidas cautelares impostas, no prazo máximo de 5 (cinco) dias, sob pena de decretação imediata da prisão, nos termos do art. 312, § 1º, do CPP. Ciência à Procuradoria-Geral da República. Publique-se. Brasília, 17 de setembro de 2025”, determinou Moraes.
O processo está em fase final. A Procuradoria-Geral da República apresentou alegações em março e a defesa em julho. O julgamento no Supremo definirá se Bruna será condenada pelos crimes ligados à invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília.