Presidente da OAB-MS leva experiência local em prerrogativas e honorários para SC

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Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro diz que viagem de senadores – entre eles Nelsinho Trad e Tereza Cristina – aos EUA é “gesto de respeito” à carta de Donald Trump, que impôs tarifaço ao Brasil

Nos Estados Unidos desde o mês de março, onde articula junto ao governo norte-americano e integrantes da extrema direita internacional retaliações ao processo penal em que o ex-presidente da República Jair Bolsonaro é réu por golpe de Estado, entre outros crimes, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse, na noite desta terça-feira (22), que a visita de uma comissão de senadores a Washington, capital norte-americana, está “fadada ao fracasso”.

A comitiva é liderada pelo senador sul-mato-grossense Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, e terá como integrante a senadora Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministra da Agricultura no governo de Jair Bolsonaro.

Eduardo Bolsonaro disse que a viagem é um desrespeito à carta do presidente dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump, que, ao anunciar um tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros no início do mês, condicionou o recuo nas tarifas de importação ao fim do processo criminal em que Jair Bolsonaro é réu no Supremo Tribunal Federal. Em mais de uma ocasião, Trump classificou como “algo terrível” o processo criminal contra o ex-presidente do Brasil.

 

“Trata-se de um gesto de desrespeito à clareza da carta do presidente Trump, que foi explícito ao apontar os caminhos que o Brasil deve percorrer”, disse Eduardo Bolsonaro.

 

Parte da publicação de Eduardo Bolsonaro no “X”

Na prática, o deputado federal quer manter a condição de levantar as tarifas e possíveis sanções contra o Brasil apenas com a anistia a Jair Bolsonaro e às demais pessoas acusadas de golpe de Estado e crimes correlatos.

 

“Reafirmo que não tenho qualquer vínculo com essa iniciativa parlamentar, fadada ao fracasso. Mas confesso até simpatizar com a ideia de que venham: não por acreditar que terão sucesso, mas porque poderão constatar que aquilo que eu e Paulo Figueiredo (jornalista e influenciador acusado de tentativa de golpe junto com Jair Bolsonaro) temos dito — não há sequer início de discussão sem anistia ampla, geral e irrestrita”, argumentou o deputado federal, cuja licença encerrou-se no domingo e que, por causa de atos considerados por uma parte significativa da sociedade brasileira como hostis à soberania nacional, já teve até pedido de cassação protocolado na Câmara dos Deputados.

 

Eduardo Bolsonaro finaliza a carta — em forma de postagem em rede social — da seguinte forma:

 

“Que Deus abençoe o Brasil” e “Que Deus abençoe a América”, usando a linguagem comum nos Estados Unidos, que adota o nome de todo o continente como referência ao país.

 

Esta é a segunda crítica em dois dias à viagem dos senadores. Na segunda-feira (21), Eduardo Bolsonaro já havia atacado a iniciativa.

Comitiva

Liderados por Nelsinho Trad, os senadores brasileiros embarcam para os Estados Unidos na próxima sexta-feira (25). Além de Tereza Cristina, o grupo tem até mesmo senadores do PT, como o líder do governo, Jacques Wagner, da Bahia.

No início da semana, a agenda em Washington ainda estava sendo construída. O presidente da Comissão de Relações Exteriores afirmou que a intenção da viagem é a de “baixar” a temperatura e buscar um diálogo franco.

A comissão de senadores é composta por quatro titulares e quatro suplentes. Além de Nelsinho e Tereza Cristina (PP), viajam também os senadores Jacques Wagner (PT-BA), Fernando Farias (MDB-AL), Astronauta Marcos Pontes (PL-SP), Rogério Carvalho (PT-SE), Esperidião Amin (PP-SC) e Carlos Viana (Podemos-MG).

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