Políticos de MS debatem ‘briga’ entre Camila Jara e Nikolas Ferreira

Políticos de MS debatem ‘briga’ entre Camila Jara e Nikolas Ferreira

Após as imagens da sessão realizada na Câmara dos Deputados de quarta-feira (06) tomar as redes sociais, e das acusações de Nikolas Ferreira (PL-MG) de ter sido agredido por Camila Jara (PT-MS), parlamentares sul-mato-grossenses vieram à público para debaterem o ocorrido.

Na manhã desta quinta-feira (07), a deputada federal por São Paulo, Tabata Amaral (PSDB), esteve em Campo Grande, convidada para seminário de discussão do Plano Nacional de Educação (PNE), reunindo uma série de parlamentares no aeroporto da Capital de Mato Grosso do Sul.

Presente na ocasião na manhã de hoje (07), o deputado federal conhecido como “Gordinho do Bolsonaro”, Rodolfo Nogueira, comentou a confusão ocorrida e disse ter acionado o conselho de ética.

“O partido, pelo líder, vai protocolar um pedido de ética. Mas ele não caiu, ele tomou um murro… no saco. A Camila deu um murro no saco dele, foi o que o Nikolas disse para nós ontem a noite”, afirmou Rodolfo.

Enquanto isso, na Câmara Municipal de Campo Grande, o vereador Wilson Lands usava o tempo de fala de lideranças em nome do partido Avante para abordar o assunto, dizendo que o Brasil atualmente “pega fogo” em relação à política e “ideologias de ambos os lados”.

“Tenho visto alguns personagens, principalmente algumas lideranças de MS, deputada federal… queria ver essa energia toda para trazer verbas e lutar para trazer infraestrutura para a Capital. A gente precisa começar a lutar mais pelo povo, porque ano que vem vocês batem na porta do campo-grandense”, argumentou.

Já o vereador petista Landmark, por sua vez, apresentou moção de apoio à deputada Camila Jara, dizendo que ela já defendeu o diálogo, democracia e os direitos do povo, classificando a deputada como uma parlamentar digna que merece o total respeito do Brasil e do Mato Grosso do Sul.

“Já temos inclusive indícios de que se jogou no chão, porque um deputado não aguentar ali naquele momento de desespero e criar uma situação… eles são acostumados a fazer fake news. É um verdadeiro absurdo que meia dúzia de deputados paralisando os trabalhos em Brasília contra o povo”, expôs ele.

Porém, tal moção foi classificada pelo presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, Epaminondas “Papy”, como “intempestiva” e não pôde ser apreciada por ter dado entrada na Casa de Leis às 10h30 desta quinta-feira, o que não impede que ela volte à plenário em uma próxima sessão.

Camila em Campo Grande

Camila classificou hoje o momento como “um triste episódio da democracia brasileira”, apontando esforços para aprovação do imposto de renda e assuntos que ficam encobertos por essa espécie de “cortina de fumaça”,

“Felizmente a gente conseguiu tirar eles de maneira pacífica e tinha um acordo para que todos os deputados que cometeram essa agressão invadiram o plenário e não deixaram a gente conseguir trabalhar se retirassem da mesa. E eles não se retiraram e ficaram impedindo a passagem dos parlamentares o acesso ao presidente Hugo Mota”, explica ela.

Conforme a deputada, nesse momento as mulheres decidiram subir para tentar conversar com o presidente da Casa, enquanto os manifestantes presentes fecharam um cordão.

“Me posicionei do lado do Hugo e começou as provocações de baixo, de cima, o empurro e empurra… nessa hora que estava todo mundo aplaudindo, o Nikolas me deu uma cotovelada e aí eu empurrei ele de volta e acho que ele desequilibrou na hora que o Hugo levantou com a cadeira e foi isso que aconteceu”, complementou.

Relembre

Vale lembrar que, tal momento aconteceu após mais de 30 horas de obstrução do plenário por parte da oposição, enquanto parlamentares bolsonaristas ocuparam a mesa da presidência da Câmara para pressionar pela inclusão imediata do projeto que amplia a anistia a manifestantes envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro.

Tabata também chegou a cometar o ocorrido na Câmara dos Deputados na noite de ontem (06), dizendo que estava presente e que saiu do plenário “extremamente envergonhada e decepcionada”.

“É muito fácil, num Brasil polarizado como o nosso, você ver cor partidária e ideológica em tudo, achar que é tudo um grande embate. ‘Ah, o Trump tá atacando o Brasil por conta do Bolsonaro’, não, ele é um líder autoritário que está atacando o nosso país defendendo interesses de empresa americana”, disse.

Para ela, não é possível combater tais afrontas e defender o agronegócio e a indústria brasileira enquanto o parlamento estiver dividido e enfraquecido.

“Aquela cena que a gente viu ontem, parlamentar cheio de esparadrapo, aquilo não é um circo. Ao invés de usar a palavra, obstruindo… a imagem que me vinha à cabeça era de menino pequeno, que quando perde o jogo sai correndo com a bola”, completou.

Esse grupo manifestante se recusava a liberar os trabalhos até que a proposta fosse pautada e, nas redes sociais,  o deputado afirmou ter sido agredido por Camila Jara. “A esquerda age assim: te agride quando ninguém está vendo”, disse Nikolas, em postagem, acrescentando que o esbarrão foi intencional.

Em nota, a deputada negou as acusações e, segundo ela, disse que houve um esbarrão, mas que não foi proposital e que aconteceu durante uma confusão generalizada.

“Ao final da sessão, enquanto o presidente se levantava, a deputada federal Camila Jara se aproximava da cadeira da presidência quando acabou esbarrando no deputado federal Nikolas Ferreira, que foi ao chão.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *