Parlamentares acusam Cláudio Castro de “massacre” e defendem PEC da Segurança no Rio
Em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (29), parlamentares da esquerda (PT, PSOL e PCdoB) acusaram o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, de ter promovido um “massacre” nos complexos do Alemão e da Maré, após a megaoperação policial que resultou em pelo menos 130 mortes de suspeitos na terça-feira (29).
O líder da Bancada do PT, deputado Lindbergh Farias (RJ), defendeu a PEC da Segurança (PEC 18/2025), enviada pelo Governo Lula ao Congresso, e denunciou a oposição de Castro à medida. Segundo Lindbergh, o motivo real da oposição é que a proposta daria autonomia para a Polícia Federal intervir em crimes praticados por organizações criminosas, ajudando a “desmantelar o esquema criminoso que envolve uma parte significativa da política do Rio de Janeiro”.
Críticas e Ação Judicial
Os parlamentares criticaram a natureza da operação:
- O deputado federal Reimont (PT-RJ), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, classificou a ação como uma “chacina continuada”.
- A deputada Benedita da Silva (PT-RJ) acusou a decisão de ter sido “claramente política” e ineficiente, criticando a falta de estratégia e inteligência do governo estadual nos últimos quatro anos.
- Em nome da Bancada Negra do Congresso, a deputada Dandara Tonantzin (PT-MG) classificou o evento como a “maior chacina da história do Brasil” e pediu pelo fim do extermínio da juventude negra.
Como desdobramento, Lindbergh Farias anunciou que ingressará com ação judicial contra Cláudio Castro. A Comissão de Direitos Humanos da Câmara fará uma missão oficial ao Rio de Janeiro nesta quinta-feira (30), e Dandara Tonantzin protocolou representações na PGR e no MPF questionando a legalidade da operação.
