Observatório Rubin revela fluxo estelar gigante e inédito em torno da Galáxia Messier 61
O Observatório Vera C. Rubin, no Chile, realizou uma descoberta notável na Galáxia Espiral Barrada Messier 61 (M61), também conhecida como NGC 4303, que fica a 55 milhões de anos-luz de distância, na constelação de Virgem.
A descoberta foi feita no canto inferior direito de uma das primeiras imagens do observatório, que mostrava o Aglomerado de Virgem. O que chamou a atenção dos astrônomos foi um fluxo fino de estrelas formando um arco para longe de M61, uma galáxia amplamente estudada há décadas. A estrutura só foi revelada devido à sensibilidade única do Observatório Rubin a objetos com baixo brilho superficial.
📏 Dimensões e Implicações do Fluxo
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Comprimento: O fluxo estelar se estende por cerca de 50 kiloparsecs (aproximadamente 163.000 anos-luz), tornando-o comparável ao diâmetro da nossa Via Láctea e mais longo do que a maioria dos fluxos estelares conhecidos em nossa galáxia.
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Origem: Acredita-se que a tênue trilha seja formada pelos restos de uma galáxia anã que foi dilacerada e consumida pela gravidade de M61.
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Implicação: Essa ruptura e canibalismo galáctico podem ter sido o catalisador para uma explosão estelar (aumento maciço na formação de novas estrelas) que se iniciou em M61 há cerca de 10 milhões de anos.
A característica descoberta na M61 é comparável à Corrente de Sagitário, uma estrutura que circunda a Via Láctea e cuja origem também está ligada à destruição de uma galáxia satélite (a Galáxia Elíptica Anã de Sagitário).
Os cientistas esperam que os futuros dados do Observatório Rubin, que em breve iniciará sua missão de 10 anos (Legacy Survey of Space and Time), revelem um “tesouro de subestruturas” semelhantes em torno de outras galáxias.
