Nelsinho e comitiva do Senado brasileiro fazem primeira reunião nos EUA

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Com grande experiência política, vice-governador José Carlos Barbosa afirma que Eduardo Riedel é líder de “luz própria”

A máxima popular que atribui ao cargo de vice a interpretação jocosa, simplória e inadequada de simples “figura decorativa” não se aplica em Mato Grosso do Sul. A vaga está cobiçadíssima, principalmente porque a gestão estadual apresenta índices confortáveis na preferência da população (74,75%, conforme pesquisa Correio do Estado/Ipems de maio), o que dá sustentação ao projeto de reeleição do governador Eduardo Riedel (PSDB).

“Vice é para auxiliar, ajudar o governador, não para conspirar”, ensina o vice-governador José Carlos Barbosa, o Barbosinha (PSD), ex-prefeito, ex-secretário de Estado, ex-deputado estadual e, constitucionalmente, hoje a segunda maior autoridade do Estado, abaixo apenas do titular, o governador Eduardo Riedel. Sua participação tem sido decisiva para a conquista, pelo governo do Estado, desse patamar elevado de reconhecimento público.

Pela performance do governo, a realidade, portanto, é que a vaga de vice está cobiçadíssima e, sem dúvida nenhuma, é um dos pontos atraentes para formação de alianças nas eleições gerais de 2026. Situação diferente daquela de 2022. Na época, com uma reeleição praticamente assegurada naquele ano, o então, deputado estadual Barbosinha aceitou o desafio de compor chapa como vice do ex-secretário de Governo

Eduardo Riedel, que até então, nem com dois dígitos pontuava, aparecendo nas pesquisas com 6%. Juntos, conseguiram subir ao pódio e passar a comandar o Estado. Como disse Platão: “O início é a parte mais importante do trabalho”.

Sem buscar holofotes, Barbosinha é, assim, um político hábil e presente nos 79 municípios, acompanhando ou representando o governador Eduardo Riedel. Sobre esse grande interesse das siglas partidárias pelo cargo que ocupa, Barbosinha se diz tranquilo e afirma que continuará ajudando, sem se abalar, o governador na administração do Estado, como vem fazendo desde o início da gestão.

 

“Eu sou muito tranquilo em relação a isso. Estou vice-governador e permaneço nessa condição”, lembrando seu compromisso de cumprir a missão até o fim do mandato.

 

Se pelas circunstâncias políticas em 2026 o cargo tiver que ser preenchido por uma nova legenda, Barbosinha afirma que então “pensará em outro projeto”.

Ainda sobre seu futuro político, inclusive da possibilidade de ingressar em outro partido (ele não precisa da abertura da janela partidária), o vice-governador diz: “Acho que tudo isso a gente começa a ter clareza a partir do momento em que se definir a posição do ex-governador Reinaldo [Azambuja] e do governador Eduardo Riedel. A partir do momento em que nós tivermos a movimentação desses dois nomes, e eu acredito que não vão estar no mesmo partido, aí serão os outros indicadores, porque, de repente, estrategicamente é mais interessante que você esteja nesse ou naquele partido”.

Reinaldo já estaria com tudo certo para ingressar no PL, enquanto sobre Eduardo Riedel o que se fala é que o seu caminho estaria pavimentado para ingressar no PP ou no Republicanos.

Barbosinha explica que hoje há uma grande dificuldade em ter muitas composições para formar chapa de deputados estaduais e federais.

 

“Você precisa juntar, fazer uma junção. E nós estamos aguardando essa possibilidade. Então, eu acho que, a partir do momento em que o governador Riedel definir a direção dele, assim como a de Reinaldo, a gente começa a ter maior clareza na questão das vinculações partidárias. Até porque há interesse muito grande dos demais deputados que têm os mandatos, fora os que estão querendo. Tem a segunda vaga no Senado, que obviamente vai ser muito disputada. E a vaga de vice também, por que não? Ela pode entrar também em uma composição. A gente tem muita clareza em relação a isso, mas eu estou muito tranquilo”.

 

Um parêntese: o ex-governador Reinaldo Azambuja está em franca conversação com o PL, sigla comandada por Valdemar da Costa Neto e pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. O entendimento prevê que o tucano se filie àquele partido para presidí-lo no Estado. As conversações estão sendo intensificadas e podem levar à oficialização.

Com relação a Eduardo Riedel, o que existem são especulações, como a de que se filiaria ao PP, da senadora Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, ou ao Republicanos, partido do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.

Alinhamento

O vice-governador salienta que Riedel tem absoluta segurança de que “conta com um vice que não vai conspirar, que não quer o lugar dele, que sabe o papel que ocupa dentro do governo. O que eu vejo é: quanto melhor o trabalho do Riedel, melhor o meu. O vice caminha junto com o governador”.

Destaca ainda que isso está muito associado à característica do governador.

 

“Porque, se o titular quiser, ele anula o vice completamente, que nem sala vai ter. Eu tenho aqui uma equipe, tem um espaço, não é? E tenho a consideração do governador. Então, eu sou muito grato. Exatamente por quê? Porque é bom você lidar com gente que tem brilho próprio. Aquela pessoa que não tem brilho próprio tem medo de ser ofuscada por quem está próximo. Então, o Riedel é absolutamente tranquilo. Tem o próprio brilho. É extremamente inteligente e competente”, frisa.

 

Barbosinha afirma que há um alinhamento com o governador, que, até mesmo quando Riedel viaja e ele assume, existe uma perfeita sintonia para que os trabalhos não sofram solução de continuidade, como a entrega ou lançamento de uma obra, uma vez que o Estado vai continuar caminhando.

 

“Não é porque eu assumi durante 10 dias, 12 dias ou 15 dias que eu tenho que fazer pirotecnia. O Estado tem que continuar caminhando no ritmo de tranquilidade e dar ao governador essa segurança”, salienta com muita convicção.

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