“Moto com escapamento barulhento não é liberdade, é desrespeito”, diz secretária ao anunciar punição em Cuiabá
Conteúdo/ODOC – A Secretaria de Ordem Pública de Cuiabá, sob comando da delegada Juliana Palhares, vai intensificar a Operação Raio de Ordem, voltada ao enfrentamento da poluição sonora na capital. A ação conta com o apoio das forças de segurança e será ampliada para ocorrer também fora do horário comercial, com o objetivo de garantir o sossego público e preservar a saúde mental da população.
Juliana diz que o barulho excessivo não é apenas uma questão de incômodo, mas um problema de saúde pública que afeta especialmente pessoas hospitalizadas, em repouso, com doenças crônicas e indivíduos neurodivergentes. “A ideia não é apenas punir, mas despertar uma consciência coletiva. O barulho em excesso prejudica o bem-estar emocional das pessoas e precisa ser enfrentado com seriedade”, afirmou.
A operação tem como base a legislação municipal que estabelece limites para emissão de ruídos. A última edição da Raio de Ordem, realizada em maio no bairro CPA IV, resultou na apreensão de 20 motocicletas. Dez delas foram flagradas emitindo som 40 decibéis acima do permitido pela Lei Municipal nº 3.819/1999. Cada proprietário foi multado em R$ 2.690,95.
Além da infração por barulho, outras dez motocicletas foram recolhidas por problemas como ausência de habilitação, licenciamento vencido e outras irregularidades. Os condutores foram levados ao 3º Batalhão da Polícia Militar, onde os fiscais confirmaram os níveis elevados de ruído por meio de novas medições.
Para reaver os veículos, os proprietários deverão quitar a multa, os custos com as diárias do pátio da Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob), além de possíveis pendências de IPVA e outras infrações de trânsito.
A secretária Juliana Palhares ainda revelou que a Operação Raio de Ordem será constante e que o combate à poluição sonora é uma das prioridades da pasta. “Vamos continuar com as fiscalizações em horários variados para coibir esse tipo de abuso. Nosso foco é a saúde da população e o respeito à coletividade”, concluiu.
