Mauro Cid volta ao Exército na terça, mas terá 60 dias de férias para evitar constrangimento
O tenente-coronel Mauro Cid retorna ao serviço no Exército na próxima terça-feira (5), após a determinação do ministro Alexandre de Moraes (STF) do início do cumprimento de sua pena de dois anos de reclusão, em regime aberto, por participação na trama golpista.
Para administrar a situação e evitar constrangimentos, o Exército decidiu que Cid deverá tirar 60 dias de férias não gozadas, relativas ao período em que atuou como ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Cid não tirava férias desde 2020.
A expectativa no Quartel-General do Exército é que o comandante da Força, general Tomás Paiva, conceda o direito de o tenente-coronel ir para a reserva até o início de janeiro.
Pedido de Reserva Antecipada
Oficiais do Exército avaliam que não há clima para o retorno de Cid aos trabalhos nos quartéis. Por isso, o pedido de aposentadoria antecipada do militar é visto com bons olhos pela cúpula em Brasília.
Com 29 anos e 6 meses de serviços prestados, o tenente-coronel só teria direito à reserva com benefícios totais após 31 anos de trabalho. No entanto, a redução salarial na reserva seria pequena. Uma comissão do Exército está analisando a documentação do militar, com uma decisão esperada para o final de dezembro ou início de janeiro.
Aliados de Cid avaliam que a situação se tornou insustentável no serviço ativo, sendo a reserva o melhor caminho. Cid já faz planos para o futuro, que incluem uma possível mudança para os Estados Unidos, onde um de seus irmãos reside, e capacitação para dar aulas ou prestar consultorias sobre as Forças Armadas.
