Mandante e executores são condenados a mais de 20 anos por homicídio para “servir de exemplo” em Samambaia
O Tribunal do Júri de Samambaia obteve a condenação de três réus envolvidos na morte de Samuel Soares Marques, em um julgamento que durou dois dias e se encerrou nesta sexta-feira (24). A Promotoria de Justiça do MPDFT conseguiu que as penas fossem severas devido às qualificadoras do crime.
O mandante do assassinato, William Silva Miranda, conhecido como “chuchu” ou “papai”, foi condenado a 31 anos de prisão. Já os executores, Ruan Felipe Barbosa de Oliveira e Matheus Cruz Souza, receberam penas de 21 anos e 10 meses e 28 anos de reclusão, respectivamente. Todos cumprirão a sentença em regime inicial fechado.
Motivação e Crueldade do Crime
O crime foi motivado por dívidas de tráfico de drogas que Samuel havia contraído. William, o mandante, ordenou a execução para que a morte “servisse como exemplo” aos demais.
O júri reconheceu as qualificadoras apontadas pela Promotoria:
- Motivo torpe (dívidas de tráfico);
- Meio cruel (a vítima sofreu múltiplas lesões, incluindo a amputação de uma das mãos);
- Recurso que dificultou a defesa da vítima (foi surpreendida ao entrar em um veículo).
O crime ocorreu em 7 de janeiro deste ano, em Samambaia. Os réus convenceram Samuel a entrar em um carro, onde ele foi dominado sem chance de defesa. O corpo da vítima foi encontrado em uma área de mata nas proximidades do núcleo rural de Taguatinga, com pelo menos 32 lesões.
O processo ainda será desmembrado para o julgamento de outros dois envolvidos: Carlos Alberto Araújo de Moraes, vulgo “sapo”, e Jessé Edson Souza de Araújo.
