Justiça condena Energisa por colocar cliente no SPC após erro na leitura do medidor de energia

Justiça condena Energisa por colocar cliente no SPC após erro na leitura do medidor de energia

A Justiça de Mato Grosso determinou que a Energisa, concessionária de energia elétrica, removesse o nome de um cliente do SPC após a empresa cometer um erro na leitura do medidor de energia. De acordo com a decisão, a empresa falhou na prestação do serviço, gerando uma cobrança incorreta e, consequentemente, a inscrição indevida do consumidor nos cadastros de inadimplência.

A decisão consta no Diário de Justiça Eletrônico (DJE) desta sexta-feira (10).

O cliente, que havia pago todas as suas faturas corretamente, foi surpreendido com uma cobrança exorbitante devido a uma falha na leitura do medidor, o que resultou na inclusão de seu nome no SPC. Ao perceber o erro, o consumidor tentou resolver a situação diretamente com a empresa, mas não obteve resposta satisfatória.

A defesa da Energisa argumentou que o erro de leitura não foi intencional e que a cobrança estava conforme os registros do sistema. No entanto, o juiz entendeu que a empresa não adotou as medidas necessárias para corrigir o erro de forma rápida, o que causou danos ao cliente. A decisão judicial afirmou que a concessionária deveria ter validado as informações e retirado o nome do cliente do SPC assim que o erro foi identificado.

A sentença também estabeleceu que a Energisa pagasse uma indenização por danos morais, considerando o transtorno causado pela negativação indevida e o impacto negativo na vida financeira do consumidor.

“Julgo procedente o pedido inicial. Ratifico os termos da tutela antecipada (Id. 135271720), para tanto proceda com a exclusão do nome da autora do rol dos inadimplentes. Observando o critério de razoabilidade, condições econômicas da requerida, bem como da requerente, evitando-se o enriquecimento sem causa, condeno a demandada, a pagar a requerente, a título de ressarcimento pelo dano moral que lhe causou, o montante de R$ 10.000,00”, diz trecho da decisão.

Além disso, a Justiça determinou que a empresa revisasse seus processos internos, de modo a evitar que casos semelhantes ocorressem no futuro. A medida inclui a necessidade de melhorar a comunicação com os clientes e adotar procedimentos mais eficientes para corrigir falhas de leitura.

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