Júlio Campos acusa Lula de “demagogia brutal” em ampliação de terras indígenas

Júlio Campos acusa Lula de “demagogia brutal” em ampliação de terras indígenas

Conteúdo/ODOC – O deputado estadual Júlio Campos (União Brasil) fez duras críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após o Governo Federal anunciar a ampliação e homologação de novas Terras Indígenas em Mato Grosso durante a COP 30, realizada em Belém. Para o parlamentar, a decisão atende interesses internacionais e não reflete as necessidades reais das comunidades indígenas no Estado.

Segundo Júlio, o decreto representa um gesto “demagógico” voltado a agradar organizações estrangeiras. Ele afirmou que povos indígenas procuram assistência técnica e apoio para produzir, e não novas áreas territoriais. “Os índios não querem essa demagogia do PT, do presidente Lula, para agradar ONGs internacionais”, declarou o deputado em entrevista à imprensa.

O parlamentar citou como exemplo comunidades da região de Campo Novo do Parecis, que, segundo ele, se desenvolveram por meio de atividades produtivas, ecoturismo e investimentos em educação. Júlio argumenta que a ampliação de áreas indígenas não dialoga com essa realidade. “Eles querem trabalhar, querem equipamentos, querem financiamento. Não querem mais terra”, afirmou.

Entre as áreas ampliadas está a Terra Indígena Manoki, que passou de cerca de 46 mil hectares para aproximadamente 250 mil hectares, conforme dados divulgados pelo Governo Federal. Outras duas áreas também foram homologadas: a Terra Indígena Uirapuru, com cerca de 21,6 mil hectares, e a Estação Parecis, com 2,1 mil hectares. Todas ficam em zonas de forte produção agrícola no Estado.

Júlio Campos também mencionou um editorial do jornal Estado de São Paulo que aponta abandono de terras por comunidades indígenas e quilombolas, devido à falta de condições para manutenção e produção. Para ele, o governo deveria concentrar esforços em fortalecer órgãos como a Funai, que ele classificou como “acabada”.

O deputado afirma ainda que a medida representa prejuízo direto à economia mato-grossense e um retrocesso para os próprios povos tradicionais. “Temos vários indígenas formados, técnicos, agrônomos, veterinários. Eles não querem isso. O Governo Lula, em uma demagogia brutal, cometeu mais um crime contra o desenvolvimento econômico e social de Mato Grosso”, criticou.

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