Juiz mantém prisão de homem que matou a mãe e determina exame de sanidade mental

Juiz mantém prisão de homem que matou a mãe e determina exame de sanidade mental

Conteúdo/ODOC – O juiz Luiz Guilherme Carvalho Guimarães decidiu manter preso preventivamente Marion Martins Vincensi, acusado de assassinar a própria mãe, Dione Martins Vincensi, de 71 anos, com golpes de pé de cabra na cabeça. O crime ocorreu na segunda-feira (10), dentro da casa da idosa, em Sapezal (a 480 km de Cuiabá). Ela chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos.

Durante o interrogatório, Marion — que é portador de esquizofrenia e transtorno bipolar — afirmou à Polícia que um homem desconhecido, usando camisa azul e capacete verde, teria invadido a residência e atacado sua mãe. Segundo ele, houve uma luta corporal antes de o suposto agressor fugir de moto. No entanto, o suspeito não soube descrever o veículo nem as características físicas do homem.

A versão levantou desconfiança dos policiais, já que a casa não apresentava sinais de arrombamento e o portão estava fechado. Familiares que estavam no local relataram que Marion frequentemente deixava de tomar os medicamentos prescritos para o tratamento psiquiátrico. Diante das contradições, ele acabou preso em flagrante.

Na audiência de custódia, realizada no mesmo dia, o magistrado converteu a prisão em preventiva. A defesa pediu que o acusado fosse considerado inimputável, alegando que ele sofre de transtornos mentais graves e já possui laudo médico e histórico de surtos psicóticos, com registros de internações anteriores. O pedido incluía a substituição da prisão por tratamento em hospital psiquiátrico.

Ao analisar o caso, o juiz considerou prematuro declarar a inimputabilidade de Marion neste estágio do processo. “A documentação apresentada, ainda que indique a possibilidade de transtorno mental, não é conclusiva quanto à inimputabilidade do acusado no momento da prática do crime”, apontou o magistrado.

A decisão determinou a instauração de um incidente de sanidade mental para avaliar as condições psicológicas do réu e solicitou à Secretaria Adjunta de Administração Penitenciária a busca por vaga em unidade de internação provisória. Até a conclusão do laudo, Marion permanecerá preso.

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