General declara no STF reconhecer documento autoria de plano para matar Lula, Alckmin e Moraes

General declara no STF reconhecer documento autoria de plano para matar Lula, Alckmin e Moraes
O general da reserva Mário Fernandes declarou ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta quinta-feira (24) que o arquivo intitulado “Punhal Verde e Amarelo”, contendo um plano para assassinar autoridades e localizado em seu computador, era composto por “ideias digitalizadas” e que nunca foi compartilhado com terceiros.

O militar está sendo interrogado como um dos seis réus do segundo grupo no caso da conspiração golpista de 2022. A Primeira Turma da corte está realizando hoje os interrogatórios dos acusados do segundo grupo da denúncia apresentada pela PGR (Procuradoria-Geral da República).

Fernandes foi indagado sobre a confirmação da existência do documento e afirmou que sim, mas sustentou que se tratava de uma análise da situação do país.

Sim, excelência. Este é, na verdade, um arquivo digital que representa apenas uma ideia minha que foi digitalizada. Um compilado de informaçõesuma avaliação da situação, meu pensamento, uma análise de riscos que eu realizei e, por hábito, eu decidide maneira inadvertidadigitalizá-lo“, explicou.

De acordo com a acusação, o documento intitulado Planejamento Punhal Verde Amarelo “planejava ações contra a liberdade e até a vida” do ministro Alexandre de Moraes, do presidente Lula (PT) e do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). O plano mencionava alvos com os nomes “Jeca”, “Joca” e “Juca”.

Conforme a defesa do general, o plano não foi discutido nem encontrado com nenhum dos investigados.

“Esse pensamento digitalizado não foi apresentado a ninguém, não foi compartilhado com absolutamente ninguém. E, eu afirmoesse arquivo está completamente fora de contexto“, declarou.

O general foi detido em 19 de novembro do ano passado. Segundo as investigações, Fernandes teria impresso o planejamento dos assassinatos em 9 de novembro de 2022 no Palácio do Planalto. Aproximadamente 40 minutos depois, ele teria se dirigido ao Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, que na época era ocupada por Bolsonaro.

Entretanto, ele alegou durante seu interrogatório que isso foi uma mera coincidência. “A coincidência desse horário foi aleatória em relação à minha função na produção do Estatuto de Logística, como secretário-executivo. No entanto, eu não levei, não apresentei, nem compartilhei este arquivo, seja de forma digital ou impressa, com ninguém.”

Uma investigação da Polícia Federal revelou que cinco indivíduospresos em novembro de 2024 (quatro militares, incluindo Mário Fernandes, e um policial federal), discutiam em 2022, através de um aplicativo de mensagens, um plano para assassinar Lula, Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.

De acordo com as investigações que apoiaram a autorização de Moraes para operação policial de novembro passado, os suspeitos se comunicavam pelo aplicativo Signal em um grupo intitulado Copa 2022. Cada um deles usava como codinome o nome de um país (Alemanha, Áustria, Brasil, Argentina, Japão e Gana), para não serem identificados.
atividade estava prevista para o dia 15 de dezembro de 2022, com a intenção de capturar e eliminar figuras de autoridadede acordo com registro intitulado Punhal Verde e Amarelo. A missão não teve sucesso.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *