Filiação de Azambuja ao PL marca compromisso de fortalecer a direita em MS

Após 30 anos, o ex-governador Reinaldo Azambuja deixa o ninho tucano e, na manhã deste domingo (21), oficializou sua filiação ao Partido Liberal (PL), destacando que a mudança tem como principal foco o fortalecimento da direita em Mato Grosso do Sul e as eleições de 2026.
“Fico muito feliz pelo convite de me juntar à sigla. Deixo o PSDB depois de trinta anos, e a palavra que usei é gratidão e respeito. Mas sou adepto a desafios, e esse desafio de entrar no PL é para fortalecer a direita aqui em Mato Grosso do Sul e propiciar bons momentos para o futuro do nosso Estado e país”, comentou Reinaldo.
O evento contou com a presença do presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto; do secretário-geral do partido, o senador Rogério Marinho (PL-RS); e de parlamentares de outras siglas, como a senadora Tereza Cristina (PP-MS).
Reeleição e enfrentamento a Lula
O ex-governador pontuou seu plano no cenário regional de apoio à reeleição do governador Eduardo Riedel e não deixou de fora a pauta nacional, que envolve a eleição presidencial do próximo ano.
“Temos uma eleição importante no ano que vem, que é a reeleição do Riedel, e a possibilidade do presidente Lula voltar a governar o país, e nós não queremos isso. Então, estamos nos unindo aqui em uma força de direita e de centro para enfrentar esse adversário comum e, através de uma musculatura política desse grupo, conseguimos atingir o objetivo de olhar pelo Brasil”, pontuou Reinaldo.
Descrevendo o momento como fundamental para a direita voltar a comandar o país, o governador Eduardo Riedel afirmou que o Estado está tomando o melhor direcionamento político.
“No Mato Grosso do Sul, estamos reunindo todos esses apoios do ponto de vista político em torno de uma agenda com muitas propostas abertas ao momento do nosso Estado. E a ida do Reinaldo para o PL, sem dúvida, é uma soma para esse projeto”, pontuou Riedel.
O Secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, acredita que o governo do Estado caminha para um movimento correto com a ida de Azambuja para o PL, no apoio à eleição de Riedel.
“O Reinaldo tomou a decisão de ir para um partido de centro-direita, que é o caso do PL, em composição com o Eduardo Riedel, trazendo o partido para apoiar a reeleição de Riedel”, frisou Verruck e completou:
“A gente está numa linha correta para definir uma identidade, que é um governo, como o governador sempre destaca, de centro. A ideia do governador Eduardo Riedel é sempre reunir apoio de todos os partidos para sua reeleição, e esse é um caminho dentro do PL”.
Alinhamento
O ex-governador André Puccinelli esteve presente no evento e ressaltou que cabe uma sinalização de respaldo e apoio do PL para que a aliança com o MDB continue no Estado.
“Eles se elegeram pelo PSDB em aliança conosco a deputado estadual e a deputado federal da mesma forma. Na eleição do Reinaldo, eu e dez deputados eleitos na minha chapa apoiamos o Reinaldo”, pontuou o emedebista.
Prefeitos que se filiaram ao PL
Mauro do Atlântico – Aquidauana
Aldenir Barbosa – Novo Horizonte do Sul
Cláudio Ferreira – Jaraguari
Erlon Fernando – Sete Quedas
Henrique Ezoe – Rio Negro
Ivan da Cruz Pereira, o Ivan Xixi – Paraíso das Águas
Neco Pagliosa – Caracol
Juliano Ferro – Ivinhema
Juliano Guga Miranda – Jardim
Marcos Calderan – Maracaju
Josmail Rodrigues – Bonito
Manoel Aparecido, o Cido – Anastácio
Thalles Tomazelli – Itaquiraí
Rogério Torqueti – Tacuru
Rosária de Fátima – Mundo Novo
Wagner Ponsiano – Fátima do Sul
Arino Jorge – Rochedo
Uma vida
Filiado ao PSDB desde 1996, quando disputou e venceu a eleição para prefeito de Maracaju, Azambuja derrotou Germano Francisco Bellan (PDT) e Luiz Gonzaga Prata Braga (PTB).
Ele venceu o pleito com 44,03% dos votos válidos e, quatro anos depois, foi reeleito prefeito com 61,61% dos votos válidos, superando Albert Cruz Kuendig (PT).
Em 2006, elegeu-se deputado estadual e obteve a maior votação da história de Mato Grosso do Sul para a época, atingindo cerca de 47.772 votos válidos. Quatro anos depois, em 2010, ganhou a eleição para deputado federal com cerca de 122.213 votos válidos.
No exercício do mandato, ele se candidatou a prefeito de Campo Grande em 2012, obtendo 113.629 votos no primeiro turno, equivalente a 25,43% dos votos válidos, votação insuficiente para avançar ao segundo turno.
Apesar da derrota nas eleições municipais, Azambuja não se deixou abalar e, em 2014, concorreu ao cargo de governador e conseguiu ser eleito, derrotando o então ex-prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho (PMDB), e o senador Delcídio do Amaral, que estava no PT.
Ele terminou o primeiro turno em segundo lugar, revertendo a colocação e se elegendo governador no segundo turno com 55,34% dos votos válidos contra Delcídio do Amaral.
Em 2018, Azambuja concorreu à reeleição e, novamente, venceu, no segundo turno do pleito, derrotando o juiz federal aposentado Odilon de Oliveira (PDT) com 52.35% dos votos válidos.
** Colaborou Daniel Pedra
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