Empresário que confessou ter pago propina para Silval é alvo da Polícia Federal em Cuiabá

Empresário que confessou ter pago propina para Silval é alvo da Polícia Federal em Cuiabá

Conteúdo/ODOC – O empresário cuiabano Willians Paulo Mischur foi alvo de mandado de busca e apreensão da Polícia Federal, na manhã desta quarta-feira (29), durante a Operação Imperium Messis, que investiga um suposto esquema de corrupção em exportações na Superintendência do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) em Roraima.

Conforme as informações, os agentes da PF cumpriram mandado na casa do empresário, no condomínio Alphaville, em Cuiabá.

No local, foram apreendidos um celular, um notebook e um veículo da Porsche.

No total, a ação cumpriu 11 mandados de busca e apreensão nos municípios de Boa Vista e Cantá (Roraima) e também em Cuiabá. Também foi concedido pela Justiça o bloqueio e sequestro de valores até o montante de R$ 1,8 milhão

Os suspeitos são investigados por corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

A investigação começou a partir de denúncia anônima que apontava irregularidades na fiscalização de mercadorias destinadas à exportação para a Venezuela.

Segundo a Polícia Federal, as atividades suspeitas, antes realizadas na Receita Federal de Pacaraima (RR), passaram, em 2020, a ocorrer em uma empresa privada em Boa Vista, que funcionava como “entreposto aduaneiro”.

As investigações indicam que agentes públicos recebiam propina dessa empresa por meio de intermediários, tanto pessoas físicas quanto jurídicas.

Envolvimento em escândalo anterior

Willians Mischur já havia sido preso em 2016, durante a Operação Sodoma, deflagrada pela Polícia Civil de Mato Grosso, que investigou esquemas de propina e fraudes em incentivos fiscais no governo Silval Barbosa (2011–2014).

Na época, Mischur era dono da empresa Consignum, responsável por empréstimos consignados a servidores estaduais, e foi apontado como “testa de ferro” e peça-chave do grupo criminoso.

O empresário confessou ter pago R$ 17,6 milhões em propina ao grupo de Silval Barbosa para manter contratos da Consignum.

Em 2017, Mischur assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público Estadual, comprometendo-se a pagar R$ 500 mil em troca de não responder a ações de improbidade administrativa.

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