Dólar sobe à espera de juros nos EUA e no Brasil; bolsa oscila

Dólar sobe à espera de juros nos EUA e no Brasil; bolsa oscila

O dólar opera em alta e o Ibovespa tem leve queda nesta quarta-feira (29), com investidores à espera das primeiras decisões do ano nos juros dos Estados Unidos e no Brasil.

O Federal Reserve (Fed) publica os dados às 16h (horário de Brasília), com expectativa de manutenção das taxas. As atenções, porém, estão na fala do chair Jerome Powell, a partir das 16h30.

Já no Brasil, as apostas estão na alta de um ponto pelo Banco Central (BC), elevando a Selic a 13,25% ao ano. O resultado será publicado após as 18h30.

Ainda na cena doméstica, mercados acompanham a reunião do conselho de administração da Petrobras, que pode definir novos aumentos nos preços dos combustíveis.

Por volta das 13h55, o dólar operava com avanço de 0,4%, negociado a R$ 5,877 na venda. A divisa encerrou a véspera com perda de 0,74%, a R$ 5,869, menor patamar em mais de dois meses.

Na mesma hora, o Ibovespa tinha leve queda de 0,1%, aos 123,9 mil pontos, em movimento de oscilação.

Lá fora, Wall Street opera sem direção definida, enquanto as bolsas da Europa caminham para fechar no positivo.

Fed e BC

Na primeira “superquarta” de 2025, autoridades monetárias dos EUA e do Brasil devem publicar decisões com caminhos divergentes.

As apostas do mercado estão na parada do ciclo de corte do Fed, iniciado em setembro do ano passado, que trouxe a taxa ao patamar de 4,25% e 4,5%.

A suspensão das quedas deve dar tempo ao Fed analisar os efeitos das políticas de Donald Trump, como a taxação de importações e a deportação de imigrantes, vistas com potencial para pressionar a inflação da maior economia do mundo.

Já no Brasil, os investidores esperam que o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC acrescente 1 ponto na Selic, elevando a taxa básica em 13,25% ao ano.

O aperto já foi adiantado pelo colegiado na última reunião de 2024, em meio à desancoragem das expectativas para a inflação no horizonte relevante da autarquia.

No comunicado de dezembro, o BC apontou para mais uma alta da mesma magnitude em março, levando a Selic a 14,25% ao fim do primeiro trimestre deste ano.

Petrobras

O conselho de administração da Petrobras se reúne na manhã desta quarta-feira (29) e deve pautar possíveis aumentos no preço de combustíveis.

Na segunda-feira (27), a presidente da estatal, Magda Chambriard, se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Silveira (Minas e Energia), para tratar de possíveis elevações de preços.

Segundo apuração do analista de economia da CNN, Victor Irajá, a estatal não vê necessidade para aumentos na gasolina devido ao recuo do dólar nas últimas semanas, que voltou a performar abaixo de R$ 6.

Já a alta valor do diesel, que está com maior defasagem, é considerada.

A reunião desta quarta ocorre em meio pressões do setor privado para reajustes nos preços da Petrobras.

Segundo dados da Refina Brasil, associação que reúne as refinarias privadas de petróleo no país, a estatal já deixou de ganhar aproximadamente R$ 20 bilhões com a defasagem dos preços de combustíveis desde maio de 2023.

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*Com informações da Reuters

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