Deputada encerra ciclo de debates em Cuiabá sobre violência contra a mulher

Deputada encerra ciclo de debates em Cuiabá sobre violência contra a mulher

A deputada federal Gisela Simona (União-MT) realiza neste sábado (30), às 9 horas, em Cuiabá, o evento Força Lilás, no espaço Sebrae dentro do Goiabeiras Shopping. Encerrando uma intensa jornada de debates, escutas e mobilização social no combate e conscientização sobre a violência contra a mulher em Mato Grosso.

À imprensa – em programas de TVs, rádios e podcasts -, a deputada lembrou de sua participação em encontros e rodas de conversa em diversas cidades de Mato Grosso, como forma de reforçar um movimento de enfrentamento e prevenção a violência doméstica. Entendendo a necessidade de fortalecer esta rede de proteção às mulheres, ampliando o acesso à informação e, claro, discutindo alternativas para aquelas que ainda vivem em relações abusivas.

Assim, para a parlamentar, mais do que um encerramento simbólico, o evento Força Lilás – já com mais de 150 mulheres inscritas, de mais de 15 bairros de Cuiabá e Várzea Grande -, quer transformar conscientização em ação.

O encontro igualmente reunirá especialistas, lideranças políticas e representantes da sociedade civil, dentro de uma programação que vai discutir desde legislação e autodefesa, até políticas públicas. Incluindo palestras que prometem despertar a atenção como a da psicanalista Kalyan Paes de Barros: “A Estrela é Você” e ainda a história de superação pessoal da campeã mundial de Muay Thai, Inaléia Ferreira.

“Neste sábado queremos realizar uma discussão para além daquelas que comumente são realizadas no Agosto Lilás. Pois entendemos que a luta contra a violência não é uma pauta de um mês, é uma missão contínua. Pois precisamos transformar essa dor em força coletiva. Assim, o evento Força Lilás reafirma este espaço de escuta, de resistência, sobretudo, de construção de caminhos para que nenhuma mulher precise enfrentar o ciclo da violência sozinha”.

Ainda para a deputada Gisela Simona, é fundamental oferecer alternativas exequíveis para aquelas mulheres que ainda não conseguem sair de relacionamentos abusivos, alvos de uma ou mais formas de violência que vão desde a física, psicológica, sexual até a patrimonial e moral. “Precisamos garantir que a Lei Maria da Penha, que completou 19 anos neste mês, seja efetivamente aplicada e que cada mulher tenha condições de viver sem medo, com dignidade e liberdade”.

Ao reiterar que apesar dos avanços, os desafios continuam sendo grandes, em especial, em Mato Grosso que pelo segundo ano consecutivo continua a liderar o ranking nacional, nos índices de feminicídios. E possui quatro das sete cidades brasileiras – Sorriso, Tangará da Serrá, Sinop e Cuiabá -, com as maiores taxas de estupro e estupro de vulnerável do país.

Assim, claro, para a parlamentar, os desafios persistem, pois apesar dos avanços, os levantamentos como do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025 apontam que o Brasil registrou 1.492 feminicídios em 2024 e que a subnotificação segue como problema grave, já que a maioria das violências ocorrem no ambiente doméstico. E, comumente, praticadas por pessoas com quem as vítimas possuem vínculos de afeto e dependência emocional ou financeira.

Atuação da deputada

Gisela Simona comanda o diretório do União Brasil em Cuiabá e assumiu a liderança na Câmara Federal, da bancada feminina do União Brasil, composta por 11 parlamentares. Com a junção entre União Brasil e Partido Progressistas, mais quatro deputadas passam a integrar esse espaço de articulação e resistência.

A parlamentar foi relatora do Pacote Antifeminicídio, sancionado em outubro do ano passado, tornando o feminicídio um crime autônomo, agravando a pena para a maior prevista no Código Penal, de até 40 anos. Uma lei que, igualmente, trata com seriedade crimes que sempre foram ignorados como a lesão corporal e as ameaças que o antecedem.

Também assegurou lei que determina o uso de 1 minuto do programa de rádio Voz do Brasil para divulgar canais de atendimento à mulher vítima de violência. Proposta que alterou o Código Brasileiro de Telecomunicações e segue atuando em projetos que fortalecem a rede de proteção e ampliam políticas de acolhimento.

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