Companhia Ensaio Aberto recebe Benedita da Silva para debater a cultura no Brasil e no Rio de Janeiro
O cantor e compositor brasileiro Jorge Ben Jor moveu uma ação judicial contra o grupo norte-americano Black Eyed Peas (BEP) no fim dos anos 1990 por uso não autorizado de trechos de suas composições. A ação teve como alvo faixas do álbum de estreia da banda, Behind The Front, lançado em 1998.
Segundo o processo, três músicas do disco incorporaram elementos de canções de Jorge Ben Jor sem autorização prévia ou crédito:
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“Falling Up” utilizou um trecho de “Comanche”.
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“Positivity” tem um sample de “Cinco Minutos”.
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“A8” incorporou o violão de “O homem da gravata florida”.
O litígio foi iniciado em 1999 e se resolveu com um acordo judicial. Como resultado, Jorge Ben Jor passou a ser oficialmente reconhecido como coautor das três músicas do Black Eyed Peas.
O álbum foi lançado antes do grupo se consolidar mundialmente com Elephunk (2003) e a entrada da cantora Fergie. Apesar do histórico judicial, Jorge Ben Jor e o cantor will.i.am tiveram encontros positivos anos depois. Em 2009, o brasileiro confirmou que will.i.am manifestou interesse em colaborar musicalmente, e em 2010 eles tocaram juntos em um show no Rio de Janeiro, interpretando as canções “Mas Que Nada” e “Chove, Chuva”.
Além do episódio com o Black Eyed Peas, Jorge Ben Jor também esteve envolvido em outro caso notório de direitos autorais, quando o cantor britânico Rod Stewart admitiu ter copiado a música “Taj Mahal” em seu hit “Da Ya Think I’m Sexy?”. Stewart concordou em pagar royalties ao brasileiro e destinou parte dos lucros da música à Unicef.

