CDL Cuiabá critica aumento do IOF e instabilidade nas decisões fiscais do governo

CDL Cuiabá critica aumento do IOF e instabilidade nas decisões fiscais do governo
A Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL Cuiabá) manifestou preocupação com o aumento das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) mantidas pelo governo federal e com a instabilidade nas decisões fiscais anunciadas nesta semana. Apesar do recuo parcial em alguns pontos do decreto, a entidade considera prejudicial o impacto das mudanças para o setor produtivo e critica o vai-e-vém da política econômica.

Para o presidente da CDL Cuiabá, Júnior Macagnam, o cenário de incerteza atrapalha o planejamento das empresas e compromete a confiança dos empresários. “Não é aceitável anunciar aumentos de impostos, voltar atrás horas depois e publicar novas alterações durante a madrugada. A economia precisa de previsibilidade, e as empresas precisam de segurança para manter investimentos e empregos”, afirmou.

Um dos pontos mais criticados pela CDL Cuiabá é o aumento do IOF sobre operações com cartões de crédito e débito internacionais, cartões pré-pagos e cheques de viagem, que passou de 3,38% para 3,5%.

A medida atinge diretamente consumidores e empresas, em um momento delicado da economia brasileira, com inadimplência elevada. Em Mato Grosso, segundo dados deste mês do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), 1,224 milhão de pessoas estão inadimplentes, o que representa 46,93% da população adulta do estado.

Outro ponto criticado pela CDL Cuiabá é a tentativa de alteração repentina da tributação sobre remessas para investimentos e aplicações de fundos no exterior. Embora revista parcialmente, a iniciativa demonstra, segundo Macagnam, que o governo federal “está improvisando” com a política fiscal. “Essa instabilidade afeta a imagem do país e a credibilidade junto ao mercado”.

A CDL Cuiabá reforça que mudanças tributárias precisam ser feitas com diálogo prévio e planejamento responsável, respeitando o ambiente de negócios e a estabilidade econômica. “Decisões fiscais tomadas sem critério, e em um cenário já fragilizado pela alta inadimplência, só aumentam a insegurança de quem produz, gera empregos e movimenta a economia”, argumentou o presidente.

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