Câmara Municipal aprova nova Lei contra poluição sonora em Cuiabá

A nova lei foi construída com base em diálogo entre representantes de bares, restaurantes, casas noturnas, moradores e setores culturais.
As faixas de horário foram alteradas e o valor das penalidades subiu, com multas podendo alcançar R$ 50 mil. Além disso, em casos mais graves pode haver apreensão de equipamentos, interdição de estabelecimentos e até cassação de alvarás.
O texto revoga a antiga Lei nº 3.819/1999 e estabelece regras mais claras sobre horários, limites de ruído e penalidades. Foram definidos três períodos distintos:
• Período diurno: das 8h às 22h;
• Período noturno: das 22h01 às 23h59;
• Faixa de silêncio: da 0h às 7h59, onde não será permitido nenhum tipo de som mecanizado ou eletrônico.
Os limites de emissão de ruídos agora variam conforme a atividade. Por exemplo:
• Festas residenciais terão limite de até 60 decibéis durante o dia e 55 decibéis à noite, sendo proibidas na faixa de silêncio;
• Bares e restaurantes podem emitir até 75 decibéis de dia, 70 decibéis à noite e 60 dB na faixa de silêncio;
• Eventos abertos e ocasionais podem chegar a 85 decibéis, desde que terminem até 23h59;
• Eventos culturais previamente licenciados podem atingir até 90 decibéis em picos, sem limite de horário.
A lei também estabelece punições para quem desrespeitar os limites: multas de R$ 300 a R$ 50 mil, apreensão de equipamentos, interdição de estabelecimentos e até cassação de alvarás, nos casos mais graves, diz Dilemário.
Segundo o vereador Dilemário, “Precisamos garantir o direito ao lazer, mas também preservar o direito ao descanso. Cuiabá cresceu e, com isso, aumentaram os conflitos causados pelo barulho. Esse projeto atualiza a legislação e garante segurança jurídica para moradores, comerciantes e promotores de eventos”, afirmou antes da aprovação do projeto de lei.
Segundo o prefeito Abilio, o novo texto busca proteger o sossego, a saúde pública e a convivência harmônica entre moradores e comerciantes. O texto segue para sanção.
Redação JA/ Foto: reprodução