Botelho confirma apoio a Pivetta em 2026 e descarta migração para o PL: “seria oportunismo”

Conteúdo/ODOC – O deputado estadual Eduardo Botelho (União Brasil) declarou que, apesar de se considerar “traído” por parte de seu grupo político durante a campanha municipal de 2024, manterá o apoio ao vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) caso o senador Jayme Campos (UB) não entre na disputa pelo Governo de Mato Grosso em 2026.
Em entrevista à Rádio CBN Cuiabá nesta segunda-feira (22), Botelho negou qualquer movimentação de Pivetta em direção ao PL para buscar proximidade com o bolsonarismo. “Nunca ouvi essa conversa no meio político. Nem o Mauro [Mendes], nem o Pivetta falaram sobre isso. Apoio é uma coisa, agora migrar seria oportunismo. O Pivetta nunca teve perfil de PL radical, não colaria”, avaliou.
A mágoa de Botelho remonta ao primeiro turno das eleições em Cuiabá, quando aliados como o governador Mauro Mendes, Pivetta e o chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, teriam se omitido em sua campanha. Ainda assim, ele diz que não pretende retaliar. “Entre apoiar alguém do meu grupo e apoiar de fora, fico com o grupo. Não é porque fui traído que vou trair. Prefiro manter a lealdade”, afirmou.
O parlamentar também comentou as disputas internas no PL, após Jair Bolsonaro ter sido condenado por tentativa de golpe de Estado e outros crimes. Segundo Botelho, a influência do ex-presidente tem causado ruídos até em Mato Grosso, onde ele teria sinalizado apoio a Mauro Mendes e ao deputado José Medeiros ao Senado, deixando de lado a deputada Janaína Riva (MDB), que pleiteia a mesma vaga. “Se o PL já decidiu apoiar Wellington [Fagundes], problema deles. Nós temos nosso grupo e nossos candidatos”, disse.
Botelho ainda aconselhou o senador Jayme Campos a se posicionar com clareza sobre suas pretensões em 2026. “Se ele quiser ser governador ou senador, precisa colocar o nome e se impor. Eu fiz isso quando fui candidato. Enquanto ele não se manifestar, tudo indica que o caminho será o Senado”, concluiu.