Bolsonaro passa mal e é levado para hospital em Brasília

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Corte de gastos já anunciado pelo prefeito esbarra em atualização de Projeto de Lei

Anunciado há uma semana, o corte de gastos promovido pelo prefeito “Mais louco do Brasil” Juliano Ferro (PSDB), atingirá ao menos 100 servidores municipais em Ivinhema, interior do Estado.

Na última quarta-feira (10), o prefeito com mais de 1 milhão de seguidores nas redes sociais anunciou uma série de cortes na administração municipal em virtude de uma crise econômica que suspendeu todos os eventos oficiais até dezembro, além do corte de salários do líder do executivo e  de seus secretarios, além de desfazer o tradicional Rodeio de Ivinhema, que tinha como atração principal a sertaneja Ana Castela.

Em entrevista ao Correio do Estado, afirmou que os cortes já estão em curso, contudo, a redução salarial de secretários e de seu próprio salário só ocorrerá após um novo Projeto de Lei, que deve ser encaminhado à Câmara Municipal ainda nesta semana.

“O decreto com a atualização acerca do corte de gastos anunciado na semana passada ainda não foi publicado somente por um trâmite burocrático. Precisamos encaminhar um projeto de lei para a Câmara Municipal oficializando os cortes salariais, após isso, de fato oficializar a redução salarial tanto minha, quanto do vice-prefeito e dos secretários”, destacou.

Questionado sobre a atitude repentina, “Mais louco do Brasil” disse que a mudança de postura acerca dos gastos públicos aconteceram em virtude da queda na arrecadação municipal.

“Quando a gente fala de redução, não falamos somente nos cortes, e sim no quanto o município deixou de arrecadar. Em 2024, a alíquota  municipal cresceu em 10,8%, neste ano, apenas 2%. Demos 8% de aumento aos servidores justamente por conta desse ganho, e agora com o crescimento reduzido, teremos que cortar gastos para não atingir o teto constitucional”, complementou.

Relembre

Por meio de suas redes sociais, o prefeito de Ivinhema, Juliano Ferro (PSDB), conhecido como o “Mais louco do Brasil” falou sobre o “facão” na prefeitura de Ivinhema.

Na ocasião, o tucano afirmou que seu salário, atualmente em R$ 35 mil, será reduzido em R$ 10 mil, passando para R$ 25 mil. Já os secretários terão uma redução de 15%, com vencimentos que cairão de R$ 12,8 mil para pouco mais de R$ 10 mil. Além disso, foram canceladas todas as diárias de prefeito, vice-prefeito e secretários, e estão previstas demissões de servidores para adequar o índice de gastos com pessoal à queda na arrecadação municipal.

 

“Os prefeitos que não se atentaram pela crise econômica que vem vindo pela frente, as dificuldades que o governo estadual vem passando, as dificuldades que o governo federal vem passando, as coisas vão ficar muito feias para os municípios também”, disse.

 

O prefeito enfatizou que os cortes começam pelo primeiro escalão: “Iremos começar a sentir na pele, nós, o primeiro escalão do município, e irá chegar na ponta. Estamos dando prioridade na área da saúde, da educação e no desenvolvimento do município”, declarou.

Viagens oficiais, repasses para atividades esportivas não essenciais e demais despesas consideradas desnecessárias também foram suspensas. “Qualquer tipo de viagem para time de futebol, tudo que é gasto que não é atribuição do município, estaremos cancelando até dezembro”, disse Ferro.

Prevista para abril e postergada para novembro, a festa do peão que tinha Ana Castela como atração principal, também foi cancelada por Juliano. A cantora receberia cerca de R$1,2 milhão para se apresentar. “Quero comunicar à nossa população, à nossa cidade, que o Rodeio está cancelado. Qualquer tipo de evento, a partir de hoje até dezembro, eles estão cancelados. Estamos dando prioridade na área da saúde, na educação e no desenvolvimento do nosso município”, falou.

Crise

Em dezembro, o prefeito autorizou a destinação de R$ 500 mil em recursos públicos para o Ivinhema Futebol Clube, decisão aprovada por unanimidade na Câmara Municipal. Apesar de ter votado a favor, o vereador Claudião do Raio-X questionou o impacto do investimento no esporte local. “São R$ 500 mil. Qual o resultado disso em termos de jovens promovidos no esporte e retorno para a população?”, indagou, comparando o montante com os R$ 9 mil destinados à compra de um desfibrilador para a ambulância municipal.

O município de Ivinhema, que tem cerca de 28 mil habitantes e está localizado a 280 quilômetros de Campo Grande, enfrenta, segundo o prefeito, a crise mais grave dos últimos anos. “Quando as coisas estão boas, a gente faz uma boa administração. Mas quando a crise bate, estamos aqui para fazer o que é necessário”, concluiu Ferro.

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