Bolsas da Europa fecham em alta, com perspectiva para cortes do BCE

Bolsas da Europa fecham em alta, com perspectiva para cortes do BCE

As bolsas da Europa fecharam em alta nesta quinta-feira (5) com uma tendência de mais força na zona do euro que vem seguindo durante a semana, e segue perspectivas de cortes de juros pelo Banco Central Europeu (BCE). Como resultado, o DAX voltou a renovar máxima histórica em Frankfurt, enquanto o Ibex35 ultrapassou os 12 mil pontos, o que colocou o índice espanhol no maior nível desde 2009.

Os movimentos ocorrem pesar da crise política na França, que derrubou na última quarta-feira (4) o governo do primeiro-ministro Michel Barnier, e mantém o país em uma incerteza, especialmente no tema fiscal.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,43%, a 519,66 pontos.

 

Na visão do Caixabank, na reunião de 12 de dezembro, o BCE deverá baixar as taxas em 25 pontos base. “O corte reflete o consenso que existe no BCE de um relaxamento gradual da política monetária e, ao mesmo tempo, equilibra duas visões: a cautela de alguns membros para não encerrar ainda o combate à inflação, com a preocupação de outros sobre o risco de manutenção de uma política restritiva num contexto de arrefecimento da atividade”, avalia.

Em Frankfurt, o DAX subiu 0,67%, a 20.366,72 pontos. Em Madri, o Ibex 35 avançou 1,63%, a 12.126,40 pontos.

Já empresas do Reino Unido têm expectativas de que a taxa de inflação ao consumidor (CPI, pela sigla em inglês) aumente de 2,6% para 2,7% um ano à frente, mas mantiveram a projeção para três anos inalterada em 2,6%, mostra a pesquisa mensal Decision Maker Panel (DMP) feita pelo Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês). Para novembro, houve uma queda na taxa, de 2,7% em outubro para 2,6%. Em Londres, o FTSE 100 avançou 0,16%, a 8.349,38 pontos.

Na França, a queda de Barnier, significa que o país provavelmente não terá um orçamento para o próximo ano e que o crescimento deve ser limitado, considerando que o orçamento de 2024 será estendido para 2025, segundo o ING. O banco diz que a medida implicará uma política fiscal menos restritiva do que o planejado em termos de receitas fiscais e em linha com o que foi planejado em termos de gastos públicos. “Isso significa que o objetivo de um retorno a um déficit de cerca de 5% do PIB em 2025 está fora de alcance.”

Além disso, segundo a instituição holandesa, a deposição de Barnier significa que a incerteza política na França persistirá e continuará a pesar sobre a confiança das empresas e dos consumidores. Por sua vez, com o movimento já bastante precificado, o CAC 40 subiu 0,37%, a 7.330,54 pontos.

Entre os destaques das empresas, as ações da Stellantis avançaram 3,79% em Milão, ainda com repercussões da saída do CEO Carlos Tavares e o que um novo comando representará para o futuro da empresa. Na cidade italiana, o FTSE MIB subiu 1,59%, a 34.626,28 pontos. Já em Lisboa, o PSI 20 teve alta de 0,57%, a 6.412,23 pontos.

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