Litoral paulista tem praias impróprias para banho no final de ano
O Brasil reafirma sua posição como o país com a maior diversidade de primatas do mundo, somando atualmente 151 espécies e subespécies oficialmente reconhecidas. Esse número, validado pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas (CPB/ICMBio), reflete a riqueza biológica de biomas como a Amazônia e a Mata Atlântica. O estado do Amazonas isola-se na liderança nacional com 95 tipos de macacos, uma marca tão expressiva que, se o estado fosse um país, ocuparia o terceiro lugar no ranking global, superado apenas pelo próprio Brasil e por Madagascar.
A preservação dessas espécies enfrenta desafios críticos, especialmente devido à expansão urbana e às mudanças climáticas. Primatas icônicos, como o sauim-de-coleira e o uacari-branco, são exemplos de animais encontrados exclusivamente em território brasileiro que hoje figuram em listas de ameaça de extinção.
Ranking de biodiversidade por estado
A distribuição dos primatas no Brasil segue um padrão de concentração em estados de grande extensão florestal, mas revela surpresas em outras regiões:
-
Amazonas (95 espécies): Líder absoluto, abriga o sauim-de-coleira e o macaco-de-cheiro-da-cabeça-preta.
-
Pará (40 espécies): Destaque para o macaco kaapori, recentemente listado entre os mais ameaçados do planeta.
-
Mato Grosso (32 espécies): Ponto de encontro entre Amazônia, Cerrado e Pantanal, conta com a “Rota dos Primatas” para incentivar o turismo científico.
-
Acre e Rondônia (30 espécies cada): Lar de espécies carismáticas como o macaco-bigodeiro e o sagui-de-rondônia.
-
Minas Gerais (17 espécies): Estado mais diverso fora da Amazônia, protegendo o muriqui, o maior primata das Américas.
Potencial para o turismo de observação
Apesar de concentrar 30% da biodiversidade mundial de primatas, a região Neotropical ainda atrai menos turistas de observação do que a África e a Ásia. Para mudar esse cenário, em 2025 foi lançado o Guia Ilustrado de Primatas Neotropicais. A publicação visa fomentar a geração de renda por meio do turismo sustentável, promovendo a conservação e o conhecimento científico sobre as 217 espécies que habitam do México à América do Sul.
No Brasil, 80 dessas espécies são endêmicas, o que significa que não existem em nenhum outro lugar do planeta. Esforços de mapeamento e taxonomia continuam sendo realizados para refinar as áreas de ocorrência e garantir que novas espécies, como as descobertas recentes na Amazônia, recebam proteção adequada antes de desaparecerem.

