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Uma pesquisa de monitoramento do papagaio-chauá (Amazona rhodocorytha) levou à descoberta de uma população até então desconhecida do raro ipê-amarelo (ou pau-d’arco-flor-de-algodão) no município de Linhares, litoral norte do Espírito Santo. A descoberta, publicada na revista Oryx (da universidade de Cambridge), amplia o conhecimento sobre a distribuição da árvore e revela a resiliência dos remanescentes florestais da bacia do Rio Doce, uma região impactada pelo rompimento da barragem de Mariana em 2015.
Hábito Alimentar do Papagaio-Chauá Guia a Descoberta 🦜
A descoberta foi feita por pesquisadores do instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA). A chave para a localização dos ipês foi o hábito alimentar do papagaio-chauá. A equipe acompanhava um grupo de 34 indivíduos e observou as aves pousadas e se alimentando nas árvores, que estavam em período de floração.
O biólogo Ricardo Ribeiro, um dos autores do artigo, explicou que as flores amarelas vibrantes do ipê foram cruciais para a descoberta, pois, sem elas, é difícil distinguir a espécie de outros ipês comuns.
A ornitóloga Flávia Chaves destacou que o ipê-amarelo é fundamental para a sobrevivência das aves no início da primavera, período de reprodução, pois o papagaio-chauá utiliza cavidades em árvores de grande porte, como o ipê, para depositar seus ovos, e consome suas pétalas.
Espécies Endêmicas e Ameaçadas 🌳
Tanto o papagaio-chauá quanto o ipê-amarelo são espécies 100% brasileiras e endêmicas da Mata Atlântica. O papagaio-chauá, conhecido por sua plumagem colorida, está classificado como Vulnerável à Extinção (VU) em nível nacional, e Criticamente em Perigo (CR) no Espírito Santo. Já o ipê-amarelo (H. riodocensis) é listado como Em Perigo (EN).
Os pesquisadores reforçam a importância do monitoramento conjunto de espécies (plantas e animais) para compreender suas relações ecológicas e traçar estratégias de conservação mais integradas e eficazes.

