Sucuris Gigantes: Tamanho Médio das Cobras Permanece o Mesmo Há Mais de 12 Milhões de Anos

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Pesquisadores da Universidade Federal de Roraima (UFRR) estimam ter encontrado mais de 100 pegadas fossilizadas de dinossauros na região da bacia do rio Tacutu, no município de Bonfim, em Roraima. Esta descoberta, resultado de 14 anos de estudos, é o primeiro registro de pegadas de animais pré-históricos na Amazônia.

A Descoberta e a Datação 🦖

As pegadas foram encontradas na Formação Serra do Tucano, uma camada rochosa do lado brasileiro da bacia, próxima à fronteira com a Guiana.

  • Idade: As marcas foram deixadas entre 103 e 127 milhões de anos atrás, na transição da era jurássico-cretácea.

  • Tamanho: Algumas pegadas chegam a um metro e meio de comprimento, sugerindo a presença de dinossauros gigantes na área (quase o tamanho das maiores pegadas registradas no mundo, na Austrália).

A pesquisa indica que os dinossauros viviam no local, que na época era um ambiente diferente do atual, possivelmente um vale com canais de rios ou uma planície de inundação. As marcas incluem trilhas de mais de 30 metros que sugerem migração em manadas, além de registros de nado e escavações.

Grupos de Dinossauros Identificados

A equipe de pesquisadores identificou evidências de quatro grupos de dinossauros, baseando-se em seis morfotipos (tipos de pegadas) confirmados.

  1. Ornitópodes: Dinossauros bípedes e herbívoros.

  2. Saurópodes: Conhecidos por seus pescoços e caudas longas.

  3. Terópodes: Dinossauros raptores.

  4. Tireóforos: Dinossauros com uma espécie de armadura óssea na parte superior do corpo, que podiam ser carnívoros ou herbívoros.

Não foi possível determinar as espécies exatas devido à ausência de fósseis ósseos associados.

Metodologia e Destaque para Roraima

A preservação das pegadas, um desafio na Amazônia devido à intemperização, foi possível porque elas estavam em rochas de arenito que passaram por cimentação por óxido de ferro, o que as tornou resistentes à erosão.

O estudo seguiu critérios de icnologia (estudo de pegadas fósseis), incluindo o uso de fotogrametria para criar modelos 3D das marcas, garantindo a precisão na digitalização e comparação com registros científicos globais. A descoberta é um avanço significativo, pois o registro mais próximo de fósseis de dinossauros na Amazônia brasileira estava no Maranhão, e este achado ajuda a preencher uma lacuna histórica, ligando dinossauros do hemisfério norte e sul.

Os pesquisadores, liderados por Lucas Barros e Vladimir de Souza, têm como objetivo estimular a criação de um parque geológico para valorizar o patrimônio fóssil de Roraima.

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