Vereadores de Cuiabá se BLINDÃO com aprovação de Projeto de Lei contra suas cassações

Embora três vereadores — Doutora Mara (Podemos), Dídimo Vovô (PSB) e a presidente da Casa, Paula Calil (PL) — tenham votado separadamente, todos manifestaram apoio à medida. Quatro vereadores estavam ausentes e não participaram da votação: Marcus Brito (PV), Dilemário Alencar (União), Samantha Íris (PL) e Cezinha Nascimento (União).
A proposta, feita por Demilson Nogueira no início de setembro, será submetida a uma segunda votação no plenário, que pode ocorrer na próxima semana. Por se tratar de uma emenda à lei municipal, não necessita da sanção do prefeito Abilio Brunini (PL).
Atualmente, a legislação exige 14 votos, ou maioria absoluta, para a cassação de um político. A nova proposta eleva esse número para 18 votos, ou dois terços do total de vereadores. Contudo, o texto não apresenta justificativas claras para a mudança, apenas menciona sua legalidade.
“Desnecessário, portanto, discorrer-se sobre o interesse local, eis que salta aos olhos”, afirma o documento. A proposta surge no contexto do retorno dos vereadores Chico 2000 (PL) e Sargento Joelson (PSB) à Câmara, após serem afastados durante a Operação Perfídia, realizada pela Polícia Civil em abril.