PT afirma que esquema de fraudes nasceu sob Bolsonaro e foi desmontado por Lula

O líder do governo na CPMI, deputado Paulo Pimenta, declarou que a quadrilha se fortaleceu durante a gestão anterior, que teria afrouxado regras e arquivado investigações. O governo Lula busca agora devolver o dinheiro e responsabilizar os envolvidos
Na sessão desta terça-feira (16) da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, o deputado e líder do governo, Paulo Pimenta (PT-RS), reforçou que o esquema de fraudes em descontos de aposentados se iniciou e se consolidou durante o governo anterior.
“O Brasil já entendeu que a quadrilha nasceu e se fortaleceu sob Bolsonaro. E que todas as ações para acabar com ela foram adotadas durante o Governo do Presidente Lula, e, mais do que isso, que o dinheiro roubado está sendo devolvido pelo Governo do Presidente Lula”, afirmou Pimenta.
A CPMI aprovou a convocação de seis novas pessoas para depoimentos, incluindo familiares de Antônio Carlos Antunes, conhecido como o “Careca do INSS” e figura central no esquema.
Regras afrouxadas e inação
Pimenta lembrou que as fraudes eram de conhecimento público desde 2019, mas as investigações da Polícia Federal (PF) foram arquivadas e a Controladoria-Geral da União (CGU) não agiu. Segundo o parlamentar, entre 2019 e 2022, houve a autorização irregular de entidades fantasmas e o afrouxamento de regras, facilitando os descontos automáticos sem o consentimento dos segurados. No final da gestão anterior, uma medida permitiu que essas autorizações se tornassem permanentes.
O líder do governo enfatizou que a CPMI tem revelado como o esquema foi montado e quem se beneficiou dele. Ele rejeitou qualquer tentativa de distorcer o debate, mencionando que “já apareceram vários episódios de pessoas ligadas ao governo anterior, inclusive ex-ministros, que receberam dinheiro na conta dessas pessoas investigadas”.