Invasores fazem protesto na prefeitura após serem notificados para desocupar área privada em Cuiabá

Invasores fazem protesto na prefeitura após serem notificados para desocupar área privada em Cuiabá

Um grupo com dezenas de moradores que ocupam uma área no Contorno Leste de Cuiabá realizou nesta segunda-feira (15), uma manifestação em frente à Prefeitura Municipal. Eles pedem a regularização do local após serem notificados pela Justiça para deixarem a região, que é propriedade privada.

A mobilização começou por volta das 7h30, e reuniu famílias dos bairros Jardim Contorno Leste I e II, Vila Verde, Lula I e II, e Flor do Leste. Segundo os moradores, eles ocupam a área desde 2023, antes de o proprietário entrar com uma ação pedindo a reintegração de posse do local.

De acordo com a decisão, as famílias têm 40 dias para desocupar a área. A notificação foi recebida pelos moradores na semana passada. Muitos deles alegam não ter para onde ir e pedem a regularização fundiária da área, que, segundo os manifestantes, não teria um proprietário claro. No entanto, a Prefeitura afirma que a ação judicial foi movida pelo proprietário da área, que solicitou a reintegração.

A manifestação contou com a presença do prefeito Abílio Brunini (PL), que foi até o local ouvir as reivindicações da população. Os moradores exigem uma solução imediata e afirmam que estão sendo deixados à margem, sem alternativas de moradia digna.

A Prefeitura de Cuiabá, por meio da Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária, informou que já iniciou um processo de recadastramento das famílias e que uma nova área para realocação já foi identificada. A secretária Michelle Dreher explicou que o processo está em andamento e que a realocação está sendo organizada em etapas.

“Estamos com a equipe no local desde agosto, só que nós ainda não terminamos o cadastro, são muitas famílias. Terminamos um lado e vamos começar a cadastrar os outros, estamos indo por etapas. Já achamos uma outra área para fazer a realocação deles, já foi informado para a juíza que é a responsável por esse processo. Estamos tentando minimizar os danos, mas ali é uma área privada, não tem nada a ver com o município”, contou.

O caso segue sendo acompanhado pela administração pública.

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