STF terá sessão extra para julgamento de Bolsonaro

STF terá sessão extra para julgamento de Bolsonaro

Em Campo Grande, a concentração será às 8h na Rua 13 de Maio com a Dom Aquino

O ato nacional “Povo Independente é Povo Soberano” organizado pelo Partido dos Trabalhadores (PT) acontece neste dia 7 de setembro em paralelo às celebrações ao Dia da Independência e aos atos bolsonaristas.

Manifestação da esquerda brasileira, o “31° Grito dos Excluídos é voltado a defender os “interesses nacionais das ameaças à soberania e fortalecer a democracia”.

Juntamente com o Partido, o movimento é uma união entre as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, centrais sindicais, União Nacional dos Estudantes, partidos progressistas, representações religiosas e movimentos sociais.

 

“Vamos mobilizar para o 7 de setembro para que a gente possa levar para as ruas a nossa manifestação de construção de um Brasil soberano, de um Brasil que pertença ao povo brasileiro e de um Brasil mais justo e igualitário”, afirmou o presidente nacional do PT, Edinho Silva.

 

Em Campo Grande, a manifestação acontecerá a partir das 8 horas, no cruzamento da rua 13 de Maio com a Rua Dom Aquino.

 

“Vamos mostrar para o país que nós somos contra os golpistas e queremos Bolsonaro na cadeia”, ressaltou o presidente do Diretório Municipal do PT Campo Grande, Agamenón do Prado.

 

De acordo com Agamenón, o movimento está sendo organizado por centrais sindicais e pelos partidos com viés de esquerda como PDT, PSB, PT, PCdoB, PV, UP, PCD.

“Nós estamos convocando os trabalhadores, trabalhadoras e todos aqueles que querem lutar pela nossa democracia a se unirem a nós a favor da soberania, da democracia, a favor da taxação dos super ricos, contra a escala 6×1 e a favor do projeto de isenção do imposto de renda para aqueles que recebem até R$5 mil”, explica Agamenón.

Segundo o diretor, estão confirmadas as presenças dos presidentes de sindicatos, além de deputados estaduais, federais e lideranças sociais.

Além de Campo Grande, outras capitais participam do movimento, como Maceió, Manaus, Salvador, Fortaleza, Brasília, Espírito Santo, Belo Horizonte, Recife, Teresina, Curitiba, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Natal, Boa Vista, Florianópolis, São Paulo e outras cidades do interior.

ACUSAÇÕES

As manifestações acontecem em meio ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, pelas acusações de organização criminosa, tentativa de abolição violenta ao Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado, que pode levar a uma pena de 43 anos de reclusão e inelegibilidade de Bolsonaro.

Para o presidente estadual do PT, o deputado Vander Loubet, o julgamento do ex-presidente está seguindo todo o rito jurídico necessário e que não deve atrapalhar as eleições gerais do próximo ano.

 

“Ele está tendo direito a um julgamento imparcial e baseado em provas, coisa que o presidente Lula não teve, pois o ex-juiz Sérgio Moro estava em conluio com setores do MPF [Ministério Público Federal], manipulando e direcionando todo o processo que fez com que Lula fosse preso, Bolsonaro fosse eleito e ele [Moro] se tornasse ministro da Justiça”, afirmou ao Correio do Estado, relembrando que Bolsonaro já está inelegível por conta de outras ações, então “a prisão – ou não – dele não deve afetar aqui o que está se desenhando para 2026”.

 

JULGAMENTO BOLSONARO

Ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, será julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, nos dias:

    • 2 de setembro (9h às 12h e 14h às 19h )

 

    • 3 de setembro (9h às 12h)

 

    • 9 de setembro (9h às 12h e 14h às 19h)

 

    • 10 de setembro (9h às 12h)

 

    • 12 de setembro (9h às 12h e 14h às 19h)

 

QUEM SÃO OS RÉUS?

    • Jair Bolsonaro: ex-presidente, apontado como líder do esquema.

 

    • Generais do Exército: Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira.

 

    • Ex-ministros: Anderson Torres (Justiça), almirante Almir Garner (Marinha), Alexandre Ramagem (Abin) e tenente-coronel do Exército Mauro Cid (ajudante de ordem).

 

OS JUÍZES

Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF): Alexandre de Moraes (relator), Cristiano Zanin (presidente), Flávio Dino, Luiz Fux e Cármen Lúcia.

ATENÇÃO

Qualquer ministro pode pedir vista (mais tempo para análise), suspendendo o julgamento por até 90 dias. A condenação não leva à prisão imediata por causa da possibilidade de recurso.

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