Contratos com laboratório alvo da PC por falsificar exames passarão por reanálise, diz prefeitura

Conteúdo/ODOC – A prefeitura de Cuiabá informou a pouco que todos os contratos com a empresa Bioseg Médica, empresa, que foi alvo nesta sexta-feira (15) da Operação Contraprova, deflagrada pela Polícia Civil, serão reanalisados. A investigação apura fraudes e falsificações de exames laboratoriais.
O biomédico Igor Phelipe Gardes Ferraz, proprietário da empresa, foi preso. Além dele, os sócios-administradores Bruno Cordeiro Rabelo e William de Lima foram alvos de mandados de busca e apreensão.
Em nota, a prefeitura afirma que a denúncia foi realizada em abril pela atual gestão em relação a contratos da gestão do ex-prefeito Emanuel Pinheiro. Na época, foi denunciado que um dos sócios e responsável técnico pelo laboratório, no caso Igor Ferraz, estaria falsificando os resultados dos exames. Na ocasião, a unidade foi interditada,
“Após a denúncia em abril, o laboratório suspeito de falsificar exames foi interditado pelas autoridades. A Prefeitura de Cuiabá reforça que todos os contratos com a referida empresa, firmados na gestão passada, passam por reanálise para verificação da legalidade e eficiência”, diz trecho da nota.
A Câmara Municipal de Cuiabá também emitiu nota afirmando que o contrato com a empresa Bioseg foi encerrado em maio deste ano, ocasião em que a atual gestão optou por não renovar a prestação dos serviços.
Além de Cuiabá, a Bioseg, também possui unidades em Sinop e Sorriso, ainda prestava serviços para clínicas médicas particulares, nutricionistas e um convênio médico, além de atender pacientes particulares.
O laboratório recebia e coletava amostras de material biológico, incluindo secreção de pacientes de home care, realizando ainda exames de covid-19, toxicológico e de doenças como sífilis, HIV e hepatites.
Porém, no decorrer das investigações, foi apontado que o laboratório não realizava os exames internamente nem enviava os materiais biológicos para outros laboratórios, como afirmavam os sócios. As amostras coletadas dos pacientes eram descartadas sem qualquer análise e os resultados dos laudos eram falsificados pelo sócio responsável técnico, que também é biomédico e foi preso nesta sexta-feira.
Ao final do inquérito, os investigados poderão ser indiciados nos crimes de estelionato, falsificação de documento particular, peculato e associação criminosa, cujas penas podem chegar a até 25 anos de prisão, além de multa.
NOTA DA PREFEITURA
A Operação Contraprova, deflagrada pela Polícia Civil nesta sexta-feira (15), contra a empresa Bioseg Médica Laboratorial, é resultado de denúncias da atual gestão em relação a contratos da gestão anterior. Após a denúncia em abril, o laboratório suspeito de falsificar exames foi interditado pelas autoridades.
A Prefeitura de Cuiabá reforça que todos os contratos com a referida empresa, firmados na gestão passada, passam por reanálise para verificação da legalidade e eficiência.
NOTA DA CÂMARA DE CUIABÁ
A Câmara Municipal de Cuiabá informa que, em relação à Operação Contraprova, deflagrada na manhã desta sexta-feira (15), não mantém qualquer vínculo contratual com a empresa investigada.
O encerramento do contrato ocorreu no mês de maio, ocasião em que a atual gestão optou pela não renovação da prestação dos serviços.
O Legislativo Municipal reafirma seu compromisso com a ética, a legalidade e a transparência, colocando-se à disposição da sociedade e das autoridades competentes para prestar todos os esclarecimentos que se fizerem necessários.