Confira as ações mais recomendadas para investir em setembro

Confira as ações mais recomendadas para investir em setembro

As ações do Itaú Unibanco foram mais uma vez as mais indicadas para se investir no mês, juntamente da Petrobras e Banco do Brasil. Quatro das cinco instituições financeiras ouvidas pela CNN apontam os papéis dos bancos e da petrolífera entre suas principais recomendações para setembro.

As casas ouvidas neste mês foram: Santander, BTG Pactual, XP, EQI Research e Guide Investimentos.

Os papéis mais indicados neste mês foram:

  • Itaú Unibanco, Petrobras e Banco do Brasil: 4 recomendações;
  • PetroRio (Prio), Cyrela, Eletrobras, Vivara e Equatorial: 3 recomendações;
  • Sabesp, JBS, Vale, Rede D’Or, Rumo e Marcopolo: 2 recomendações.

Em análise, a XP cita a expectativa de alta dos juros pelo Comitê de Políticas Monetária (Copom) do Banco Central (BC) na reunião de 17 e 18 de setembro.

Neste cenário, alguns setores da bolsa devem ter um melhor desempenho, já que os juros altos beneficiam os setores de bancos, instituições financeiras, óleo, gás e petroquímicos, e elétricas e saneamento, segundo a corretora.

Dessa forma, a XP removeu a Suzano, indicando que o segmento de papel e celulose, assim como de educação e imobiliário, serão afetados com um aumento da taxa básica de juros. No lugar, adicionou Equatorial e JBS.

Aumento dos juros e política fiscal

Apostas de juros mais altos ganharam força em meados de agosto, após falas seguidas de membros da cúpula do BC afirmando que o colegiado não hesitaria em subir a taxa básica caso o cenário exija.

“O mercado continua a precificar aumentos juros nas curvas e as expectativas de inflação para 2025 continuam bastante distantes da meta de 3,0% ao ano”, analisa a EQI Research.

Mesmo assim, ainda em um clima de crescimento de previsões para alta já neste mês, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou que um eventual ciclo de ajuste, se ocorrer, será gradual.

Em meio este cenário de expectativas, o governo federal indicou Gabriel Galípolo para assumir a presidência do BC a partir de 2025. Ex-número 2 da Fazenda, Galípolo ocupa atualmente a diretoria de Política Monetária do Banco Central.

Além dele, o governo federal ainda deve anunciar três nomes para diretorias do BC. Todos precisam ser aprovados em sabatina no Senado.

A equipe econômica da BTG Pactual estima a Selic aumentando neste mês, seguido por duas altas adicionais, e terminando o ano em 11,75%.

“Se o Senado aprovar Galípolo como novo presidente do BC antes da próxima reunião do Copom e, sob seu comando, o BC iniciar um ciclo de aumento nas taxas, como esperado, o Banco Central restaurará a maior parte de sua credibilidade, em nossa opinião”, afirmou a instituição.

“Tal cenário impactaria positivamente os preços dos ativos no Brasil, fortalecendo o real e reduzindo as taxas de longo prazo”.

Por outro lado, a BTG Pactual indica que aumentar as taxas enquanto o Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) está cortando pode desiludir os investidores.

Já no âmbito fiscal brasileiro, a EQI Research entende que houve algum avanço, com o governo mais próximo de encerrar o ano dentro da margem da meta fiscal.

“Dependendo da arrecadação, novos bloqueios e contingenciamentos podem não ser necessários para que o arcabouço seja cumprido”.

Em julho, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo federal iria bloquear R$ 11,2 bilhões e contingenciar R$ 3,8 bilhões do Orçamento deste ano, a fim de garantir o cumprimento do arcabouço fiscal. O anúncio veio em meio à crescente tensão sobre as contas públicas.

Mais tarde, o governo oficializou o bloqueio de R$ 15 bilhões. Contudo, a medida ainda não foi suficiente para eliminar o temor do mercado.

Sinal positivo do exterior

O Fed indicou juros mais baixos nos Estados Unidos com possíveis três cortes até o fim deste ano, iniciando com 0,25 ponto percentual na reunião de 18 de setembro, segundo analistas, aponta relatório da a EQI Research.

“Tal processo destrava apetite a risco de investidores institucionais internacionais e não é coincidência que o fluxo internacional para a bolsa brasileira tenha virado e voltado ao positivo desde julho, elevando as cotações”, explicou a instituição.

Em agosto, a entrada de dinheiro estrangeiro seguiu forte, com R$ 10 bilhões. Foi o segundo mês consecutivo com fluxo estrangeiro positivo, mostra o relatório.

“No entanto, no acumulado do ano, o saldo ainda é negativo, de R$ 21,4 bilhões, fruto das saídas no primeiro semestre”, diz a instituição.

No mês passado, o Ibovespa acumulou um avanço de 6,5%, após uma sequência de recordes históricos que fizeram com que o principal índice do mercado brasileiro registrasse 137 mil pontos.

Mas, com as mudanças no BC e os possíveis caminhos a serem seguidos no âmbito dos juros, o sentimento que pauta a bolsa brasileira é de neutralidade, segundo a XP.

A instituição utiliza o “índice de sentimento XP Bull & Bear”, que mede em um “velocímetro” de até 100 pontos o otimismo com a bolsa. O indicador aponta um sentimento neutro para o mês, em 51 pontos.

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*Sob supervisão de Gabriel Bosa

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